Na última sexta-feira, dia 22 de Novembro de 2024, procedeu-se à assinatura dos Contratos de Serviço com Risco do Novo Consórcio de Gás, composto por Azule Energy (operadora), Cabinda Gulf Oil Company, TotalEnergies Angola e Sonangol Exploração & Produção, um passo decisivo para o futuro da exploração, produção e utilização do produto em Angola, que se insere no âmbito das acções orientadas pelo Executivo relativamente à monetização do gás natural não associado que será utilizado para reforçar a segurança energética, aumentar a produção de electricidade e gerar impactos económicos, sociais e ambientais positivos.
Na sua fase inicial, o consórcio desenvolverá projectos para fornecer o produto à planta Angola LNG, à futura fábrica de fertilizantes no Soyo e a outros empreendimentos voltados para o uso deste recurso estratégico. Este investimento reforçará significativamente o Produto Interno Bruto (PIB) do país estando prevista a criação, na localidade, de 400 empregos directos durante a construção das plataformas offshore e mais 300 postos na fase de instalação da planta de tratamento de gás em terra.
O Novo Consórcio destinará anualmente, desde o início da produção previsto para 2026 até ao fim do período de concessão em 2056, 8 milhões de dólares para a implementação de projectos sociais, com foco em iniciativas que beneficiem directamente as comunidades locais, reafirmando o compromisso social e ambiental dos investidores.
O PCA Gaspar Martins realçou a importância da assinatura do contrato “pela primeira vez vamos proceder ao desenvolvimento de gás não associado, o que irá contribuir para economia do país, a fim de termos um produto que nos permitirá desenvolver os fertilizantes e energias a partir de fontes limpas o que contribui para a diversificação da matriz energética…”
Na sua intervenção, o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, enfatizou que “A operacionalização do Novo Consórcio , prevista no Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027, priorizará o aumento da eficiência da planta Angola LNG, o fornecimento contínuo do produto para o consumo doméstico e a produção de gás de cozinha. Este esforço contribuirá para a auto-suficiência energética e para o fortalecimento da cadeia de valor do em Angola, abrindo caminho para novos investimentos em upstream, midstream e downstream. O projecto é uma peça fundamental para a implementação de uma indústria doméstica de gás natural robusta e integrada. Além disso, servirá como catalisador para outros investimentos produtivos, como plantas e fertilizantes, promovendo a diversificação económica e o desenvolvimento sustentável de Angola”.
Este momento histórico é, sem dúvida, um marco importante nos esforços do país para alavancar a economia, garantir a segurança energética e reforçar a sua posição como líder na indústria energética. Reflecte ainda o compromisso deAngola em consolidar a sua posição como um dos principais players na indústria energética global.
O acto contou também com a presença de altas entidades governamentais e empresariais como o Secretário de Estado para o Petróleo e Gás, José Barroso, o Presidente da Agência Nacional de Petróleo e Gás, Paulino Gerónimo, assim como a de representantes dos accionistas do Novo Consórcio.